Justiça
MT: Advogados, ex-secretários, deputada e juiz são indicados como testemunhas em ação sobre grampos
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Lista de testemunhas apresentada pela Ministério Público (MPE) para instruir ação movida em face do ex-governador de Mato Grosso, Pedro Taques, e do ex-secretário de Casa Civil, Paulo Taques, ambos acusados de interceptações clandestinas que configuram improbidade, traz advogados, ex-secretários de Segurança, jornalista, uma deputada estadual e um juiz.
Entre as testemunhas indicadas estão os advogados José Patrocínio e José Antônio Rosa. O jornalista arrolado é José Marcondes, o Muvuca. Os ex-secretários de Segurança, Mauro Zaque de Jesus e Fábio Galindo também devem prestar depoimento. A deputada estadual Janaína Riva e o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira são nomes importantes apresentados pelo MPE.
No caso, foram processados, além de Pedro e Paulo, Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Airton Benedito de Siqueira Junior e Gerson Luiz Ferreira Correa Junior. Ação foi assinada pelo promotor de Justiça Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho.
Segundo o MPE, o objetivo da ação é responsabilizar agentes públicos que orquestraram e executaram conjunto de interceptação telefônica clandestina que monitorou diversos agentes políticos, advogados e jornalistas.
Conforme o órgão ministerial, quantidade de áudios decorrentes de interceptações telefônicas atingiram jornalistas, advogados, agentes públicos, empresários e parlamentares. Material foi usado para obter informações privilegiadas visando interferir no pleito eleitoral de 2014.
Acusação elencou pontos que supostamente evidenciam Pedro Taques na condição de idealizador e um dos beneficiários: período de início das interceptações foi condizente com o período eleitoral para o cargo de governador do Estado; características e peculiaridades das pessoas interceptadas (políticos, advogados de adversários políticos, jornalistas); executores dos grampos formaram a cúpula do seu Governo após ser empossado no cargo de governador do Estado.
Ainda segundo acusação: há fortes e incontestes indícios de que o seu primo e então secretário Estadual da Casa Civil, Paulo Taques (também acionado), atuou ativamente na Grampolândia Pantaneira; houve tentativa de macular o prévio conhecimento da existência dos grampos clandestinos, cujo objetivo era se eximir de responsabilidade; as versões de Gerson Correa, Zaqueu e Lesco na ação penal militar apontam Taques como beneficiário dos grampos.
Conforme o MPE, a participação do ex-secretário Paulo Taques se apoia em três ocorrências fáticas: interceptação clandestina contínua do terminal telefônico da vítima Tatiane Sangalli (segundo o MPE, ex-amante do requerido); similitude dos numerários interceptados nos relatórios desenvolvidos na Grampolândia Pantaneira com os números interceptados nas Operações Forti, Pequi e Querubim, que tiveram início em decorrência de uma delatio criminis feita por Paulo; depoimento dos confessos Zaqueu, Lesco e Gerson.
Confira a lista de testemunhas indicadas:
JOSÉ PATROCÍNIO DE BRITO JÚNIOR
JOSÉ ANTÔNIO ROSA
JOSÉ MARCONDES Muvuca
VALÉRIA FLECK
MÁRIO EDMUNDO COSTA MARQUES FILHO
ALEXANDRE CORREA MENDES
BATHILDE JORGE MORAES ABDALLA
ANDRÉA PEREIRA DE MOURA CARDOSO
CLEYTON DORILEO ROSA DE BARROS
EUCLIDES LUIZ TOREZAN
MAURO ZAQUE DE JESUS
FÁBIO GALINDO
ALESSANDRA SATURNINO DE SOUZA COZZOLINO
JORGE ALEXANDRE MARTINS FERREIRA
RINALDO SEGUNDO
TATIANE SANGALLI PADILHA
ALANA DARLENE SOUSA CARDOSO
JANAINA RIVA
CAROLINE MARIANO
Pedro Taques
1) expresso meu respeito ao MP brasileiro, Instituição necessária para a Democracia, é ao promotor de justiça que assinou a petição;
2) todos que exercem cargos públicos estão sujeitos a ação, ninguém está acima da da Constituição e das Leis, inclusive EU;
3) no entanto, se tudo que o MP coloca no papel fosse a verdade absoluta, não se precisaria do Poder Judiciário. Na Democracia, é ele, o Poder Judiciário, o encarregado de dar a última palavra, com o necessário devido processo legal;
4) sobre o fatos, o MP fundamento a ação, em relação a minha pessoa, em 5 indícios, que ele mesmo assim denomina, todos suposições e ilações do próprio MP:
A) que eu deveria ter conhecimento: nunca fiz, não mandei, não soube, tomei conhecimento e, imediatamente tomei a providência;
B) pedi, assim que soube, que o MP, o Gaeco, tomasse providência, isso por ofício, inclusive citando o nome do tal Cabo Gerson, e nada foi feito, ao contrário, foi arquivado, sem investigação, e por que isso não foi indagado pelo culto promotor de Justiça?
B) em depoimento por mim prestado ao MP, um dia após a quarta feira de cinzas, de 2020, fiz várias representações, inclusive contra o promotor Mauro Zaque, quais as providências tomadas
depois de mais de ano?
C) no mesmo depoimento, há mais de ano, solicitei ao Culto promotor, providências em relação a um laudo não constante dos autos, qual seja, perícia no celular de um tal Coronel Soares, qual providência foi tomada?
D) dentre outras providências , todas feitas no mesmo depoimento;
?5) se existe algo que ainda confio, é na justiça, estou pronto para fazer minha defesa, pois nada fiz de errado, quem fez, tem que ser responsabilizado, com obediência ao devido processo legal.
Paulo Taques
1- esses fatos ainda estão sendo investigados, de maneira que o MP faz conclusões precipitadas e desatualizadas, por isso mesmo inverídicas. Além disso, não mostra provas importantes que tem conhecimento. Por quê?
2 – a ação é amparada na fala de pessoas que prestaram dezenas de depoimentos, com várias contradições entre elas próprias. Mas isso o MP não mostra. Por quê?
3 – após 5 anos, ainda não fui ouvido nos inquéritos. Por quê?
4 – por fim, nunca pedi ou mandei que fosse feita interceptação telefônica de ninguém.
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